27 de maio de 2010

Anfetaminas - Saiba o Que São e Porque São Tão Perigosas



Anfetaminas são drogas estimulantes do Sistema Nervoso Central, isto é, fazem o cérebro trabalhar mais depressa, deixando as pessoas mais "acesas", "ligadas" e com menos sono.

É conhecida como rebite principalmente entre os motoristas que precisam dirigir durante horas seguidas sem descanso. Também é conhecida como bolinha por estudantes que passam noites inteiras estudando, ou por pessoas que costumam fazer regime para emagrecer sem acompanhamento médico.

As anfetaminas são drogas sintéticas, fabricadas em laboratório, portanto não são produtos naturais.

Efeitos no Cérebro:

As anfetaminas agem de maneira ampla, afetando vários comportamentos do ser humano.
As pessoas sob efeito da anfetamina, apresentam insônia, perda de apetite e se sentem cheias de Energia.

A pessoa que toma anfetamina é capaz de executar qualquer atividade por mais tempo, sentindo menos cansaço. Este só aparece horas mais tarde, quando a droga já se foi do organismo...
Se nova dose é tomada, as energias voltam, portanto com menor intensidade.

As anfetaminas fazem com que o organismo reaja acima de suas capacidades exercendo esforços excessivos, o que logicamente é prejudicial à saúde.

O grande problema é que a pessoa, ao parar de tomar esta droga, sente uma grande fraqueza e falta de energia, ficando bastante deprimida, o que também é muito prejudicial, pois não consegue realizar as tarefas que fazia normalmente sem o uso da droga.

As anfetaminas não exercem efeitos apenas no cérebro!!
Agem nos olhos, mais precisamente nas pupilas, provocando dilatação (midríase) este efeito é prejudicial para os motoristas, pois a noite ficam mais ofuscados pelos faróis dos carros em direção contrária. Também causam aumento dos batimentos do coração (taquicardia) e aumento da pressão arterial.

Se uma pessoa exagera na dose (toma vários comprimidos de uma só vez) os efeitos já descritos se acentuam e a pessoa começa a apresentar comportamentos diferentes do normal; fica mais agressiva, irritadiça, começa a suspeitar que os outros estão tramando contra ela: é o chamado Delírio persecutório.

Intoxicação

Dependendo do excesso da dosagem e da sensibilidade da pessoa, pode aparecer um verdadeiro estado de paranóia e até alucinações. É a chamada Psicose anfetamínica. Nestes casos, a pessoa precisa ser internada até a desintoxicação completa. Estudos recentes mostram que a anfetamina, leva a degenerações de determinadas células do cérebro, causando danos irreversíveis ao sistema nervoso.

Fonte: ABP- Associação Brasileira de Psiquiatria

22 de maio de 2010

Transtorno Bipolar...

O transtorno bipolar é um transtorno cerebral que causa oscilações fora do comum no humor, energia e "capacidade de funcionamento de uma pessoa"....

Diferentemente dos altos e baixos pelos quais todas as pessoas passam, os sintomas do transtorno bipolar são muito graves. Podendo gerar danos aos relacionamentos, desempenho insuficiente no trabalho ou escola e até mesmo desencadear o suicídio.

Este transtorno se manifesta tipicamente no final da adolescência e no inicio da vida adulta.

Sintomas do Transtorno bipolar:

Nesta doença temos períodos de humor extremamente "elevado" (euforia) intercalados por períodos de extrema tristeza e desespero, frequentemente com períodos de humor "normal" entre eles.
  • Irritabilidade extrema
  • Paciente fala muito e rapidamente pulando de uma idéia para a outra
  • Dificuldade em se concentrar, recordar e tomar decisões
  • Dorme demais ou não consegue dormir
  • Juízo crítico deficiente
  • Gastos excessivos
  • Crença super-valorizada das próprias capacidades e poderes
  • Aumento do impulso sexual
  • Sentimentos de desespero e/ou pessimismo
  • Abuso de drogas, principalmente cocaína, álcool e abuso de medicamentos para dormir
  • Alterações no apetite, ganho ou perda de peso não intencional
  • Comportamento provocador, invasivo ou agressivo
  • Idéias de morte e/ou suicídio

Diagnóstico do Transtorno Bipolar

Assim como outras doenças mentais, não pode ser identificado através de exames laboratoriais ou pela aquisição de imagens do cérebro. Portanto, o diagnóstico deste transtorno é feito com base nos sintomas, na evolução da doença e se disponível, na história familiar.

Suicídio

Algumas pessoas portadoras do transtorno bipolar se tornam suicidas.
"Qualquer pessoa que fale em suicídio deve ser levada a sério!!! "
Qualquer pessoa que estiver pensando em cometer suicídio necessita de atenção imediata, de preferência por parte de um profissional da saúde mental ou médico. O risco de suicidio parece ser mais alto no inicio da evolução da doença.

É importante que se compreenda que sentimentos e atos de suicídio são sintomas de uma doença que pode ser tratada.

Os sentimentos suicidas podem ser superados por um tratamento apropriado.

Sinais e sintomas que acompanham o pensamento suicida:

  • Sentir-se desesperado achando que nada vai melhorar
  • Sentir-se uma carga para familiares e amigos
  • Falar sobre se sentir suicida, ou sobre querer morrer
  • Abusar de álcool, drogas, medicamentos
  • Organizar as finanças, dar seus pertences, como forma de preparar-se para a própria morte
  • Colocar-se em situações de perigo, nas quais corra risco de morrer

Tratamento

Muitas pessoas com transtorno bipolar, até mesmo aquelas com as formas mais graves, podem obter uma estabilização considerável de suas oscilações de humor. O tratamento preventivo prolongado é fortemente recomendado, por ser este transtorno, uma doença recorrente.
Uma estratégia que combine medicação com tratamento psicossocial é ótima para controle do transtorno ao longo do tempo.


25 de janeiro de 2010

O que é Bulimia ?


A Bulimia Nervosa é um transtorno caracterizado por repetidos episódios do comer compulsivo acompanhados de uma sensação de completa perda do controle alimentar em que o paciente ingere compulsiva e indiscriminadamente grandes quantidades de alimento em um período muito curto de tempo.

Estes episódios são seguidos de métodos compensatórios e inadequados para evitar o ganho de peso como vômito auto-induzido, abuso de laxantes e diuréticos, jejum (ou períodos de restrição alimentar), dieta rigorosas e exercícios físicos excessivos.

Os indivíduos com bulimia nervosa apresentam uma preocupação excessiva com o peso e com a forma corporal.
Alterações emocionais como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio voltado para si mesmo também são frequentes.

As pessoas com bulimia, geralmente mantêm o peso dentro dos limites normais para a altura e idade, entretanto, da mesma maneira que os indivíduos com anorexia, elas podem temer ganhar, desejar perder peso e se sentir extremamente insatisfeitas com seu corpo.

Os pacientes com bulimia, geralmente executam os comportamentos às escondidas, sentindo-se enojados ou envergonhados ao comerem em excesso, embora aliviados ao efetuarem a purgação.

Estima-se que de 1,1 a 4,2% das mulheres apresentem bulimia em sua vida.

Fonte : PROTA: Programa de Orientação e assistência à Pacientes com Transtornos Alimentares - www.proata.cepp.org.br

24 de janeiro de 2010

Transtornos Alimenteres : O que é Anorexia Nervosa ?


Esta é a primeira parte de uma série de posts falando sobre o assunto...

A ingestão de alimentos é controlada por muitos fatores incluindo o apetite, a disponibilidade de alimentos, práticas familiares e dos amigos, tentativas de controle voluntário, além de aspectos culturais. Fazer dieta até um peso corporal mais baixo que o necessário para a saúde tem sido um comportamento incentivado pelas tendências da moda atual, pelas campanhas de venda de alimentos especiais e também por estar relacionado a algumas atividades e profissões.

Os transtornos da alimentação envolvem distúrbios graves no comportamento alimentar do tipo redução extrema e pouco saudável na ingestão de alimentos, ou o contrário, uma ingestão excessiva, associada a sentimentos de angustia ou preocupação extrema com a forma do corpo ou com o peso corporal.

Pesquisadores estão pesquisando como e porque comportamentos inicialmente voluntários, como ingerir alimentos em uma quantidade maior ou menor do que a habitual em algum momento possa se descontrolar em alguns indivíduos e evoluir para um verdadeiro transtorno alimentar.

Estes transtornos não se devem a um fracasso da vontade ou do comportamento; eles são na verdade doenças médica reais e passíveis de tratamento.

Os tipos principais de transtornos da alimentação são: anorexia nervosa e bulimia nervosa.

Anorexia Nervosa

Estima-se que 0,5 a 3,7% das mulheres apresentam anorexia nervosa durante a vida.
Os sintomas incluem:
- Resistência em manter o peso corporal no que se considera minimamente normal para a idade e altura;
- Medo intenso de ganhar peso ou ficar gorda, ainda que esteja abaixo do peso;
- Alterações da maneira de como vê o próprio corpo ou negação da gravidade do baixo peso atual;
- Menstruações pouco frequentes ou ausentes (em mulheres que já chegaram à puberdade)

As mulheres com este transtorno se veem como se estivessem com excesso de peso, ainda que estejam perigosamente magras. O processo de rejeitar o alimento se torna uma obsessão.

Formam-se hábitos fora do comum, como rejeitar alimentos e refeições, escolher alguns alimentos e ingeri-los em quantidades pequenas ou pesar e dividir cuidadosamente os alimentos.

As pessoas com anorexia nervosa podem verificar repetidamente o peso corporal e muitas recorrem a outras técnicas para controlar seu peso, com exercícios intensos e compulsivos ou com purgação por meio de vômitos ou abuso de laxantes, enemas ou diuréticos.

As mulheres portadoras de anorexia apresentam, com frequencia, atraso no aparecimento do seu primeiro ciclo menstrual.

A evolução e o resultado final da anorexia nervosa variam entre os indivíduos; alguns se recuperam completamente após o primeiro episódio, alguns apresentam um padrão flutuante no ganho de peso e recidiva, outros apresentam uma evolução da doença deteriorante e crônica por muitos anos...

As causas de morte mais comuns são complicações do transtorno: parada cardíaca e distúrbio eletrolítico, também pode haver suicídio.

A mortalidade entre as pessoas com anorexia foi estimada como sendo de 0,56% ao ano, envolvendo predominantemente mulheres entre 15 e 24 anos de idade.


Fonte: NIMH Publication No 01-4901

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22 de janeiro de 2010

Você sabe o que é TOC?


O Transtorno Obsessivo - Compulsivo (TOC) é caracterizado por obsessões ou compulsões que causam mal- estar intenso, consomem muito tempo ( mais de uma hora por dia, pelo menos) e interferem na vida cotidiana da pessoa em diversos aspectos como no trabalho, atividades sociais e convívio familiar.

As obsessões são idéias, imagens ou impulsos que entram na mente do indivíduo repetitivamente de forma involuntária, gerando ansiedade e mal-estar. Estes pensamentos são angustiantes e podem envolver diversos temas como: violência, presságios catastróficos, obscenidades, contaminação, necessidade de ordem e simetria. Estes pensamentos são reconhecidos pelos paciente como sendo próprios, embora sejam involuntários e, muitas vezes repugnantes. Os pacientes tentam resistir a estes pensamentos, sem sucesso na maior parte das vezes.

Alguns exemplos de obsessões:
- Medo exagerado de se contaminar com microorganismos ou doenças ao tocar objetos do dia-a-dia;
- Pensamentos recorrentes de que pessoas próximas possam estar correndo risco de vida;
- Pensamentos "proibidos" envolvendo sexo ou religião;
- Medo de perder o controle ou agredir as pessoas sem justificativa;
- Dúvidas repetitivas sobre atitudes corriqueiras como desligar lâmpadas, trancar portas, desligar o fogão, etc.

Há algumas décadas, o TOC era considerado um transtorno raro. Com o avanço das pesquisas na área, houve um aumento na frequência de seu diagnóstico, e hoje, acredita-se que ocorra em 1 a 3% da população.

Idade de início
O TOC pode iniciar em qualquer momento, desde a pré-escolar até a idade adulta. Os pacientes podem ser muito reservados em relação aos seus sintomas, podem guardá-los em segredo ou simplesmente não os reconhecem como tal. Por isto demoram cerca de 7,5 anos em média para procurar ajuda psiquiátrica.

Evolução
A intensidade dos sintoma tende a variar com o tempo. Algumas pessoas apresentam períodos com sintomas bem evidentes e outros períodos sem sintomas. Alguns apresentam sintomas constantemente, porém em graus variáveis. Outros apresentam um nível estável de sintomas por toda a vida.

Tratamento
O primeiro passo no tratamento do TOC é conscientizar o paciente e sua família sobre a doença e seu tratamento. Durante os últimos anos foram desenvolvidos dois tratamentos eficazes para o TOC : a terapia cognitivo-comportamental e o tratamento com medicamentos.
Qualquer tratamento consta de duas fases: a primeira, de tratamento agudo, destina-se a abreviar o episódio atual de TOC, e a segunda, de manutenção, com objetivo de evitar recaídas.

A maioria dos especialistas recomenda consultas de seguimento frequentes nos primeiros meses de tratamento e manutenção do tratamento por um prazo variável antes de tentar suspender a medicação.


http://www.abpcomunidade.org.br
Este artigo foi elaborado por Sergio Stella e adaptado por Antonio Leandro Nascimento.
ABP- Associação Brasileira de Psiquiatria- Telefone: +55 (21) 2199-7500

14 de janeiro de 2010

Tabagismo

Proibido Fumar O cigarro faz muito mal à saúde!!!

A fumaça do cigarro possui mais de 4720 substâncias químicas nocivas, sendo pelo menos 60 delas reconhecidamente cancerígenas, além de irritantes e tóxicas aos pulmões.
Mais de 70 mil pesquisas confirmaram nos últimos anos que o cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e cânceres em fumantes.

Como parar de fumar??? Aqui vai alguns dicas!!!!

Faça uma lista com as razões para você parar de fumar, marque uma data e prepare-se para enfrentar situações em que a vontade de fumar se fará presente, observando as seguintes dicas:
- Evite tudo que possa dar vontade de fumar, como café e bebidas alcoólicas
- Após as refeições , levante-se e deixe a mesa imediatamente
- Escove os dentes logo após as refeições
- Elimine objetos que possam lembra o cigarro; como cinzeiros e isqueiros...
- Beba bastante de água toda vez que sentir vontade de fumar
- Faça exercícios; caminhada, alongamentos, natação...

O acompanhamento médico para parar de fumar otimiza os resultados e é um grande aliado do fumante nessa difícil missão de deixar a dependência.

Benefícios ao parar de fumar

- Após 20 minutos sua pressão sanguínea e pulsação voltam aos valores normais
- Após 8 horas o nível de oxigênio se normaliza
- Após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
- Após 3 semanas a circulação melhora e a respiração fica mais fácil
- Após 6 meses não há mais nicotina no sangue
- Após 5 a 10 anos o risco de sofrer um infarto será igual ao de quem nunca fumou

Parar de fumar é uma decisão pessoal e intransferível. Existem 2 momentos para parar de fumar: antes e depois de ficar doente.
O primeiro contato com o cigarro deve ser evitado a todo o custo.
Quem não fuma aproveita mais a vida... Não tenha medo...

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia